Questionário

Edição 259 – GABARITO – DOSAGEM LABORATORIAL DA VITAMINA D

A seguir são comentadas as questões para as quais foram recebidas mais dúvidas quando disponibilizadas para os usuários Controllab

Pergunta 1: A resposta é a opção 3. Ambas as vitaminas D2 e D3 podem ser adquiridas por suplementação de vitamínicos. Todas as demais alternativas estão corretas.

Pergunta 2: A resposta é a opção 2. A vitamina D2 apresenta origem vegetal e a vitamina D3, animal. Portanto, vegetais e cogumelos expostos à radiação solar são as principais fontes de vitamina D2; já o fígado e óleo de bacalhau, alguns peixes (sardinha e salmão) e a gema dos ovos são as principais fontes de vitamina D3. O leite in natura e seus derivados são alimentos pobres em vitamina D. No continente europeu, vários países já incentivaram o enriquecimento de leite, cereais e pães industrializados com vitamina D2 e D3.

Pergunta 3: A resposta é a opção 3. Com relação ao metabolismo da vitamina D, a primeira hidroxilação ocorre no fígado, com a formação de 25-hidroxivitamina D (ou calcidiol) e a segunda hidroxilação, nos rins, com a formação de 1,25-dihidroxivitamina D (ou calcitriol).

Pergunta 4: A resposta é a opção 1. A 2ª afirmativa é falsa. Embora a 1,25-dihidroxivitamina D seja o metabólito ativo, é a 25-hidroxivitamina D que melhor reflete o estado nutricional, por ser o metabólito mais estável e abundante, comparado ao calcitriol. As demais afirmativas são verdadeiras.

Pergunta 5: A resposta é a opção 2. A 25-hidroxivitamina D é a forma mais dosada laboratorialmente.

Pergunta 6: A resposta é a opção 3. A vitamina D não estimula a produção do paratormônio (PTH) pelas glândulas paratireoides. Pelo contrário, no funcionamento normal do metabolismo é o PTH que estimula a produção renal de 1,25-dihidroxivitamina D (2ª hidroxilação via renal). Todas as demais funções estão corretas.

Pergunta 7: A resposta é a opção 2. A principal causa de hipovitaminose D no mundo é a exposição solar inadequada.

Pergunta 8: A resposta é a opção 4. Todas as afirmativas são verdadeiras.

Pergunta 9: A resposta é a opção 1. Na hipovitaminose D, o paratormônio (PTH) sérico habitualmente se encontra elevado e não reduzido. Já que o PTH estimula a produção renal de vitamina D, se a vitamina D reduz, o PTH se eleva visando o reestabelecimento do cálcio sérico por remodelamento ósseo. Quando ocorre o contrário, na hipervitaminose D, a concentração sérica do PTH cai. As demais alternativas estão corretas.

Pergunta 10: A resposta é a opção 4. A coleta sanguínea da vitamina D sérica é conduzida preferencialmente no soro, ou seja, em tubo de tampa vermelha.

Pergunta 11: A resposta é a opção 4. Quanto a dosagem laboratorial da vitamina D, a Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC) e a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massa em Tandem (LC-MS/MS) são considerados “métodos diretos” não-imunológicos e por isso suas dosagens sofrem pouca interferência em relação aos imunoensaios competitivos. Outra vantagem é que permitem a dosagem separada de ambas as formas da vitamina D2 e D3.

Pergunta 12: A resposta é a opção 1. Ao contrário dos “ensaios competitivos”, são os “métodos diretos” que normalmente permitem dosagem separada das formas D2 e D3. As demais alternativas estão corretas.

Pergunta 13: A resposta é a opção 2. O método de referência (“padrão ouro”) para a dosagem laboratorial da vitamina D é a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massa em Tandem (LC-MS/MS), por ser um “método direto”. Por outro lado, a quimioluminescência, considerada um “ensaio competitivo”, é o método mais adotado na rotina laboratorial.

Pergunta 14: A resposta é a opção 3. Os intervalos de referência para 25OHD universalmente aceitos foram baseados em definições funcionais de trabalhos clássicos de Chapuy (1997), Cavalier (2009) e Holick (2011). Considera-se suficiente quando as concentrações séricas de 25OHD são iguais ou superiores a 30 ng/mL. De 20ng/mL a 30ng/mL, considera-se insuficiente. Se inferior a 20ng/mL, considera-se deficiente.

Pergunta 15: A resposta é a opção 3. A exposição solar insuficiente é a principal causa de hipovitaminose D. Entretanto, uma exposição solar excessiva, mesmo que frequente e desprotegida, não causa hipervitaminose D. Isso porque boa parte da vitamina D3 formada, que ainda não atingiu a circulação sistêmica, é transformada pela própria radiação solar em taquisterol e lumisterol, compostos biologicamente inativos. Todas as demais alternativas estão corretas.

Gabarito

Pergunta 1 – Opção 3
Pergunta 2 – Opção 2
Pergunta 3 – Opção 3
Pergunta 4 – Opção 1
Pergunta 5 – Opção 2
Pergunta 6 – Opção 3
Pergunta 7 – Opção 2
Pergunta 8 – Opção 4
Pergunta 9 – Opção 1
Pergunta 10 – Opção 4
Pergunta 11 – Opção 4
Pergunta 12 – Opção 1
Pergunta 13 – Opção 2
Pergunta 14 – Opção 3
Pergunta 15 – Opção 3

Elaborador: Leonardo de Souza Vasconcellos. Patologista Clínico, Professor Adjunto do Departamento de Propedêutica Complementar da Faculdade de Medicina da UFMG, Coordenador do Programa de Residência Médica em Patologia Clínica do Hospital das Clínicas da UFMG, Coordenador do Núcleo de Ensino e Pesquisa da Unidade Funcional Patologia e Medicina Laboratorial do HC-UFMG, Presidente do Departamento de Patologia Clínica da Associação Médica de Minas Gerais e Presidente da Regional Minas Gerais pela SBPC/ML.

Referências Bibliográficas:

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LEÃO E, CORRÊA EJ, MOTA JAC, VIANNA MB, VASCONCELLOS MC. Pediatria Ambulatorial. 5a edição, 2013.
CHAPUY, M. C. et al. Prevalence of vitamin D insufficiency in an adult normal population. Osteoporos Int, v. 7, n. 5, p. 439-43, 1997.
CAVALIER, E. et al. Vitamin D: current status and perspectives. Clin Chem Lab Med, v. 47, n. 2, p.120-7, 2009.
HOLICK, M. F. et al. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab, v. 96, n. 7, p.1911-30, Jul 2011.

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