Questionário

EDIÇÃO 252 – GABARITO – Controle de Qualidade em Parasitologia

Análise das respostas e comentários aos participantes

Questão 1: A resposta é a opção 3. Na fase pré-analítica, é fundamental para a coleta, armazenamento e transporte da amostra biológica, as instruções detalhadas para a coleta e armazenamento da amostra. Estas instruções devem ser fornecidas ao paciente, para a coleta em domicilio.

Questão 2: A resposta é a opção 2. Nas amostras diarreicas, que também podem ser coletadas para realização dos exames, a eliminação em maior velocidade das fezes, não permite que o protozoário se enciste, sendo então eliminado na forma trofozoitica, que é a forma morfológica que se multiplica no intestino, os cistos poderão ser encontrados em pequena quantidade.

Questão 3: A resposta é a opção 1. Ocorre à deterioração de estruturas dos parasitas, aumento de bactérias e fungos com inconsistência de resultado nas amostras com demora na entrega e processamento, isto pode ocasionar resultados falso-negativos.

Questão 4: A resposta é a opção 3. As instruções de coleta escritas e entregues aos pacientes para coleta de fezes são importantes para o controle de qualidade interno da fase pré-analítica e nas instruções devem ser colocados os interferentes como medicamentos antiparasitárias, antibióticos, antiácidos e contrastes radiológicos (como bário, bismuto).

Questão 5: A resposta é a opção 4. Os controles de qualidade interno como o controle duplo–cego é uma amostra fecal da rotina, realizada e identificada com identificações diferentes 2 vezes, mas sem o conhecimento dos colaboradores.

Questão 6: A resposta é a opção 4. Pode-se armazenar amostras positivas de fezes em liquido conservador, e os conservadores podem ser todos os indicados.

Questão 7: A resposta é a opção 2. Uma amostra positiva contendo cistos de Giardia lamblia pode ser usada para a validação do método de Faust e cols, O método de Baerman é utilizado para a pesquisa de larvas, as colorações de Kinyoun para oocistos e a de Leishman para hematozoarios.

Questão 8: A resposta é a opção 3. O controle de qualidade interno com amostra simples-cego é uma amostra colocada na rotina sem o conhecimento do funcionário que fará o preparo e a leitura microscópica. Esta amostra deve estar identificada pelo controle da qualidade quando armazenada para posterior uso, mas este resultado não é passado para os colaboradores que farão a leitura microscópica, apenas após o resultado final. O livro “Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na pratica. Volume III.” disponível no site da ControlLab, pode ser usado como referência para essa questão. Assim para ter um CQI pode-se fazer como o descrito na alternativa 3.

Questão 9: A resposta é a opção 1. O controle de qualidade externo (ensaio de proficiência) avalia a fase analítica.

Questão 10: A resposta é a opção 3. Uma amostra positiva com ovos de Schistosoma mansoni, pode auxiliar na validação do método de Lutz/Hoffman, Pons e Janner. Este método e o método de Kato-Katz são os utilizados para este diagnostico laboratorial.

Questão 11: A resposta é a opção 1. O sangue com anticoagulante em 2 frascos e com 2 identificações diferentes sem conhecimento do colaborador, e o controle de qualidade interno duplo-cego. Poderiam ser 2 laminas, mas ambas iguais.

Questão 12: A resposta é a opção 4. As metodologias indicadas são especificas para os parasitas indicados, por isso todas estão corretas.

Questão 13: A resposta é a opção 1. A dupla leitura microscópica feita por 2 diferentes colaboradores nos fornece o nível de treinamento dos colaboradores em microscopia.

Questão 14: A resposta é a opção 2. Uma amostra não-cega com oocistos de Cryptosporidium spp, pode ser colocada como um controle de validação para o método de coloração de Kinyoun, neste método o parasita aparece na coloração vermelha, pois e álcool-acido resistente.

Questão 15: A resposta é a opção 4. A fase pos-analitica deve fornecer no laudo do exame, a identificação do Laboratório, identificação do responsável técnico, identificação do paciente, identificação da amostra analisada, datas e horários: coleta, análise e liberação, métodos utilizados, resultados encontrados e valores de referência.
Gabarito

Pergunta 1 – Opção 3
Pergunta 2 – Opção 2
Pergunta 3 – Opção 1
Pergunta 4 – Opção 3
Pergunta 5 – Opção 4
Pergunta 6 – Opção 4
Pergunta 7 – Opção 2
Pergunta 8 – Opção 3
Pergunta 9 – Opção 1
Pergunta 10 – Opção 3
Pergunta 11 – Opção 1
Pergunta 12 – Opção 4
Pergunta 13 – Opção 1
Pergunta 14 – Opção 2
Pergunta 15 – Opção 4

Elaborador: Vera Lucia Pagliusi Castilho. Médica Patologista Clinica, Doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médica-chefe do Laboratório de Parasitologia Clínica da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da FMUSP. Médica Assistente do Laboratório Central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Referências Bibliográficas:

Gonçalves, EMN; Castilho, VLP. Controle de Qualidade em Parasitologia Clínica. In: Parasitologia Clínica – Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. 2ª edição. Editora Atheneu, São Paulo. 2007.
Gonçalves, EMN; Castilho, VLP. Capítulo 4 – Controle de Processo em Parasitologia. ”In” Oliveira, CA; Mendes, ME. Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na pratica. Volume III. 1a edição. Rio de Janeiro: ControlLab. 2012. p. 73-95. Disponível em: http://www.controllab.com.br. Acesso em 20 de maio de 2012. 40.
Garcia, LS. Diagnostic Medical Parasitology. 5th ed. Washington DC.:ASM Press.
Pessoa, SB. Parasitologia Médica.11ªed. Editora Guanabara Koogan pgs.498, 479,608,668

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