Questionário

EDIÇÃO 232 – GABARITO

MICOLOGIA MÉDICA

Comentários Adicionais

Questão 5: A alternativa correta é a opção 4. A célula dos fungos não apresenta plastos. Os fungos são seres eucarióticos, apresentam uma membrana nuclear que envolve os cromossomos e o núcleo. Por não possuírem plastos de qualquer natureza (estrutura com pigmentos fotossintéticos), classificam-se como seres heterotróficos.

Pergunta 7: A alternativa correta é a opção 2. A virulência de alguns fungos está relacionada a presença na parede do componente α-1,3-glucana. Estudos experimentais em camundongos demonstraram a participação de polissacarídeos da parede celular do Paracoccidioides brasiliensis no processo inflamatório da paracoccidioidomicose. Tais açúcares seriam representados por α-1,3-glucana e galactomanana, que representam fatores de virulência.

Questão 8: A alternativa correta é a opção 2. Duas dermatoses são incluídas nos textos de micologia médica, apesar da micologia não micótica eritrasma e tricomicose nodular. Duas dermatopatologias não fúngicas faziam parte do estudo da micologia e ainda são diagnosticadas pelos micologistas devido as formas clínicas e localização. São elas: o eritrasma e a tricomicose palmelina ou nodular, denominada também de leptótrix.

Questão 9: A alternativa correta é a opção 4. A palavra “tinea” foi utilizada pela primeira vez por Felix Caesius e significa verme. Denomina-se de tinea toda e qualquer lesão dermatofítica que acomete exclusivamente o estrato queratinizado do corpo e couro cabeludo. As dermatofitoses, também denominadas “Tinea”, um termo do latim que significa verme, seguido da região envolvida. As mais comuns são a Tinea pedis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea capitis, Tinea unguium (micoses cutâneas). A denominação também é utilizada em algumas micoses superficiais como Tinea versicolor e tinea nigra.

Questão 10: A alternativa correta é a opção 3. Prototecose. As prototecas não possuem cloroplastos, apresentam reprodução assexuada por divisão múltipla, com produção de endósporos através de um processo de clivagem (imagem do questionário). Estas estruturas são observadas tanto na forma parasitária (no tecido do paciente) como na vida saprofítica (no meio de cultura).

Questão 11: A alternativa correta é a opção 2. Adiaspiromicose é provocada por esporos Emmonsia crescens. Adiaspiromicose humana é uma micose predominantemente oportunista, provocado pela Emmonsia crescens. Na forma parasitária produzem adiasporos que podem atingir 50-500µm.

Questão 12: A alternativa correta é a opção 2. O agente etiológico da adiaspiromicose pode ser considerado dimórfico. A colônia de Emmonsia cresce em ágar Sabouraud à 25ºC como fungo filamentoso e a 40ºC, em ágar infuso de cérebro-coração-sangue, as hifas desintegram-se, e os conídios aumentam de tamanho, com parede celular espessa, apresentando três zonas, formando adiasporos semelhante aos do tecido, considerado um tipo de dimorfismo.

Questão 13: A alternativa correta é a opção 2. As algas aclorofiladas tem como habitat látex das plantas, água e solo. As prototecas são cultivadas facilmente em ágar Sabouraud, à temperatura ambiente, sendo isoladas de látex de plantas, da água, do solo, de caldas de destilaria, de escamas epidérmicas, de fezes e de escarro.

Questão 14: A alternativa correta é a opção 1. As Protothecas em vida parasitária são PAS positivas (Periodic Acid-Schiff). Em vida parastária as algas prototecas são PAS-positivo, eosinofílica e podem ser confundidas com Lacazia loboi, Coccidioides posadasii, Pneumocystis, Histoplasma duboisii e Blastomyces dermatitidis.

Gabarito

Pergunta 1 – Opção 4
Pergunta 2 – Opção 2
Pergunta 3 – Opção 3
Pergunta 4 – Opção 3
Pergunta 5 – Opção 4
Pergunta 6 – Opção 1
Pergunta 7 – Opção 2
Pergunta 8 – Opção 2
Pergunta 9 – Opção 4
Pergunta 10 – Opção 3
Pergunta 11 – Opção 2
Pergunta 12 – Opção 2
Pergunta 13 – Opção 2
Pergunta 14 – Opção 1
Pergunta 15 – Opção 4

Elaborador:

Jeferson Carvalhaes de Oliveira. Médico da Prefeitura do RJ, Professor Associado da UFF(aposentado), Professor dos cursos de especialização em dermatologia da Souza Marques (RJ), Juiz de Fora (MG) e Volta Redonda (RJ). Coordenador do Programa de Pós-Graduação de Microbiologia e Parasitologia Aplicadas (Niterói/RJ). Membro da Sociedade Brasileira de Micologia.

Referências Bibliográficas:

– Lacaz, CS. et al. Guia de Identificação Fungos, Actinomicetos e Algas. São Paulo: Savier1998.
– Lacaz, CS. et al. Tratado de Micologia Médica. São Paulo: Savier, 2002.
– Murray PR, Rosenthal KS, Pfaller MA: Microbiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, Ed 5, 2006.
– Sidrim JJC, Rocha MFG: Micologia Médica à luz de autores contemporâneos.Guanabara Koogan, 2004.
= Tortora G.J., Funke B.R., Case C.L. Microbiologia. Artmed Editora, 2012.

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