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Sociedade de Medicina alerta sobre os riscos da obesidade e divulga opções de tratamento

(foto/divulgação/ Dr.Admar Concon Filho)

Dia 4 de março é Dia Mundial da Obesidade; um vídeo sobre o tema esclarece diversos pontos para a população

Considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo, a obesidade é uma doença grave. As discussões sobre o assunto são tão importantes que o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade. Para marcar a data e ajudar na conscientização das pessoas, a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) produziu um vídeo sobre a gravidade da doença obesidade e as formas de tratamento disponíveis hoje. Você pode conferir o vídeo:

“A obesidade é uma doença grave. Não é falta de força de vontade, não é desleixo”, destaca o cirurgião bariátrico e membro do Departamento Científico de Endoscopia da SMCC, Dr. Admar Concon Filho.

“Nós já temos em torno de 600 milhões de obesos no mundo. No Brasil, esse número chega a 30 milhões. Por essa proporção, a doença obesidade já recebeu o nome de globesidade”, comenta o médico. Em porcentagem, cerca de 52% da população do país está acima do peso, com o quadro de sobrepeso ou obesidade. Os obesos são em torno de 19% da população.

De acordo com o médico, a obesidade é um desequilíbrio entre a sensação de fome e a sensação de saciedade, entre a ingesta calórica e o gasto calórico. “Essa doença vai acarretar, durante os anos, novas doenças. Vai provocar comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas ortopédicos, dores articulares, problemas no colesterol e triglicérides, podendo levar à arterosclerose, à obstrução das artérias, que, no futuro, pode levar a quadros de anginas, infartos e derrames”, explica Dr. Concon.

Tratamentos

Segundo o cirurgião, a obesidade deve ser prevenida na infância, ensinando uma educação alimentar para as crianças, incentivando-as a consumir alimentos mais saudáveis e a praticar atividade física de uma forma rotineira. “Quando já instalada, a obesidade precisa ser tratada. E ela começa a ser tratada com a mudança do hábito alimentar, com dieta e atividade física, mesmo que seja uma caminhada todos os dias. Depois disso, você pode entrar com medicamentos, que vão ajudar na redução do peso, quer seja diminuindo a fome, quer seja aumentando a saciedade”, diz. Esses seriam os tratamentos clínicos, mais conservadores.

“Em uma situação mais grave, você pode precisar até de uma cirurgia para obesidade mórbida, que é a chamada cirurgia bariátrica”, comenta. Este procedimento é indicado para a pessoa que tem obesidade por mais de dois anos, tentou tratamento clínico com endocrinologista, mas não conseguiu emagrecer ou emagreceu e voltou a engordar, e possui IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 40 ou IMC acima de 35, com doenças provocadas ou agravadas pela obesidade. O IMC é um cálculo para avaliar a proporção entre peso e altura. A fórmula desse cálculo é o peso dividido pela altura ao quadrado.

“Infelizmente, apenas de 2% a 4% dos pacientes que têm indicação para a cirurgia bariátrica estão sendo operados. Por vários motivos: dificuldade de acesso a um sistema que consiga operá-los, porque têm medo de uma cirurgia ou porque desconhecem que precisam de uma cirurgia, acham que são saudáveis, mesmo com a obesidade”, afirma o médico.

Hoje, a cirurgia bariátrica, feita por videolaparoscopia, é chamada de cirurgia minimamente invasiva. “A taxa de complicações é muito baixa. Ela é comparada, em relação à complexidade ou à taxa de complicações, a uma cesárea ou a uma cirurgia de vesícula”, afirma o cirurgião.

Entre o tratamento clínico e a cirurgia bariátrica, existe um intervalo. Para esses casos, há os tratamentos endoscópicos da obesidade. No Brasil, existem dois procedimentos endoscópicos para tratar a obesidade: o balão intragástrico e a endossutura gástrica. “O balão é colocado no estômago, via endoscopia. Ele pode ficar em torno de seis meses. Na endossutura, você vai costurar esse estômago por dentro, diminuindo seu tamanho e a capacidade gástrica”, comenta Dr. Concon.

Fonte: Capovilla Comunicação

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