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Qualidade no laboratório clínico em tempos de pandemia é essencial!

por Maria Elizabete Mendes

O laboratório clínico (LC) é parte fundamental da assistência à saúde, ainda mais em tempos de pandemia de COVID-19. O diagnóstico laboratorial tornou-se uma ferramenta imprescindível para a triagem e o estabelecimento das formas de manejo dos pacientes contaminados com o vírus SARS-CoV-2. As informações laboratoriais permitem que médicos e outros profissionais de saúde tomem decisões diagnósticas ou terapêuticas apropriadas, baseadas em evidências, para os seus pacientes. Os serviços de laboratório clínico são a fonte mais econômica e menos invasiva das informações objetivas usadas na tomada de decisões clínicas.

O serviço de consultoria
técnica é uma das contribuições
do laboratório

O valor do laboratório deve ser julgado de acordo com os objetivos do sistema de saúde: prevenção de doenças, detecção precoce, estabelecendo diagnóstico preciso, seleção do tratamento correto, evitando atrasos no plano terapêutico, facilitando a recuperação do paciente, diminuindo as sequelas e incapacidade, prevenindo recaídas, retardando a progressão da doença e minimizando a necessidade de cuidados prolongados. Ele deve ser considerado ao afetar ações e promover resultados benéficos. Isso inclui tanto a fase da escolha dos melhores testes para influenciar a tomada de decisão clínica, quanto na fase de relatório guiando acertadamente nas ações clínicas. Embora o valor dos exames laboratoriais possa ser considerado um benefício à saúde em comparação ao custo, não se deve negligenciar os fatores como a qualidade técnica e a pontualidade na entrega de laudos.

As boas práticas em laboratório clínico trouxeram uma nova abordagem a todo o ciclo do exame laboratorial, ao estabelecerem um compromisso de longo prazo, gerando benefícios e redução de erros. Na fase pré-analítica com instruções de preparo do paciente, com materiais adequados, procedimentos padronizados e equipe treinada. A validação de um método analítico corresponde ao seu desenvolvimento com a adaptação e a implementação na rotina do laboratório. É essencial para definir se métodos desenvolvidos estão completamente adequados aos objetivos a que se destinam, a fim de se obter resultados confiáveis, os quais possam ser satisfatoriamente interpretados porque se conhece as suas limitações. Para os novos testes laboratoriais, como esta doença está demandando, é importante preocupar-se em conhecer melhor as suas características, anteriormente à sua introdução na rotina.

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MARIA ELIZABETE MENDES é médica patologista clínica, doutora em Medicina-Patologia, administradora hospitalar, responsável pelo Núcleo de Qualidade e Sustentabilidade da Divisão de Laboratório Central do HCFMUSP, chefe da Seção Técnica de Bioquímica de Sangue da Divisão de Laboratório Central do HCFMUSP.

Contato: m.mendes@hc.fm.usp.br

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