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Laboratórios apostam em tecnologia para reduzir falhas em exames e atender novas exigências de qualidade

Laboratórios apostam em tecnologia para reduzir falhas em exames e atender novas exigências de qualidade

Módulo digital para controle de qualidade em laboratórios da Pixeon espera reduzir em até 80% o tempo gasto com planilhas e registros manuais

Para responder ao desafio de reduzir falhas em exames e atender novas exigências regulatórias, a Pixeon, healthtech do grupo Vela LatAm, lançou um módulo digital de Controle de Qualidade Interno (CQI). A ferramenta reduz em até 80% o tempo gasto com planilhas e registros manuais, além de facilitar auditorias e detectar desvios antes que comprometam resultados de pacientes.

A novidade chega em meio a um cenário de alta na demanda por exames no Brasil. Em 2023, o volume superou 2,26 bilhões, segundo o Datasus. A pressão por mais agilidade e precisão tem levado laboratórios a buscar soluções que aumentem a rastreabilidade dos processos e atendam exigências regulatórias cada vez mais rigorosas, como a RDC 786/2023 da Anvisa e acreditações PALC, DICQ e ISO 15189.

Atualmente, até 70% das decisões médicas dependem de exames laboratoriais confiáveis. Mesmo assim, erros analíticos respondem por mais de 60% das falhas reportadas no setor, em grande parte devido a registros manuais ou falhas na identificação da necessidade de calibração dos equipamentos de bioanálise. O modelo analógico de controle de qualidade, feito em planilhas dispersas e documentos impressos, aumenta o risco de perda de informações, atrasa a detecção de desvios e pode gerar custos extras com repetição de testes e manutenção de equipamentos.

“Quando falamos em diagnósticos, cada detalhe importa. Nosso objetivo é dar aos laboratórios ferramentas para antecipar falhas, evitar retrabalhos e assegurar resultados mais confiáveis para médicos e pacientes”, afirma Iomani Engelmann, cofundador e Co-CEO da Pixeon.

A expansão da medicina diagnóstica ajuda a explicar a aposta em novas tecnologias. Apenas no primeiro semestre de 2025, o Lacen de Mato Grosso do Sul registrou aumento de quase 30% no número de exames realizados em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre 2022 e 2023, o crescimento foi de 7,9% em todo o país.

Segundo Engelmann, a digitalização deve se acelerar nos próximos anos. “As exigências regulatórias estão cada vez mais rigorosas, e os volumes de exames só crescem. A tecnologia passa a ser não apenas uma opção de eficiência, mas uma condição para que laboratórios continuem competitivos e, sobretudo, seguros para o paciente”, diz.

 

Como funciona

O novo módulo de CQI da Pixeon é integrado ao sistema de interfaceamento laboratorial e foi desenvolvido para organizar e centralizar os registros de qualidade. Ele reúne, em uma única plataforma, funções como geração automática de gráficos (Levey-Jennings), aplicação das regras de Westgard sem cálculos manuais, emissão de alertas de não conformidade em tempo real e registro das ações corretivas adotadas.

O acesso é feito em nuvem, o que permite a consulta de qualquer local, além de facilitar auditorias e adequação a normas nacionais de acreditação. O sistema pode ser configurado por setor, equipamento ou tipo de exame, atendendo desde laboratórios clínicos de rotina até redes multissetoriais que precisam padronizar processos em diferentes unidades.

“Quando um laboratório melhora seu processo de qualidade, todo o sistema ganha. A confiabilidade dos exames impacta diretamente diagnósticos, tratamentos e até políticas públicas de saúde”, destaca Engelmann.

  

Exigências de acreditação e compliance:

As principais normas legais e de acreditações são dispostas pela RDC 786/2023 da ANVISA, e pelas acreditações PALC, DICQ e ISO 15189.

De forma geral, as principais exigências trazidas por essas entidades é o registo de toda a análise e acompanhamento de testes de amostras, tanto por tipo de exame, quanto por equipamento.

Esses registros respaldam a análise crítica feita pelos profissionais responsáveis pelo controle de qualidade, comprovando quais ações corretivas foram feitas em casos de anormalidades, por qual motivo foram realizadas essas ações e quais seus resultados.

Como o CQI tradicional funciona hoje (planilhas, registros manuais, gráficos básicos) e quais são as suas limitações?

Atualmente, muitos laboratórios ainda realizam esse processo de forma analógica. Ou seja, os registros de controle de qualidade interno ficam divididos em documentos impressos, múltiplas planilhas com pouca ou nenhuma conexão entre si e arquivos acessados/registrados por pessoas diferentes.

Esse processo analógico traz diversas limitações, como o risco de manter registros desatualizados, a perda de documentos/informações importantes, além do impacto direto no faturamento do laboratório (que pode sofrer com pausas na operação para manutenções que poderiam ter sido previstas, retrabalhos e gastos com novas amostras para repetições de testes) e na segurança dos resultados liberados dos pacientes.

 

Expectativa, em números, do impacto do CQI: 

  • Espera-se que a solução reduza em até 80% o tempo gasto com planilhas e registros manuais.​
  • Redução com custos de impressão de evidências de controle de qualidade, como relatórios e outros documentos.​
  • Identificação de desvios precocemente, antes que impactem o paciente.​
  • Disponibilidade facilitada para processos de auditorias, com rastreabilidade e relatórios consolidados em poucos cliques.​

Quando foi/será lançado? 
Foi lançado em 16/09, terça-feira.

Outras estatísticas que podem ser interessantes para o artigo:

Estudos mostram que até 70% das decisões médicas dependem de exames laboratoriais confiáveis, e que erros analíticos causados por necessidade de calibração de equipamentos respondem por mais de 60% das falhas reportadas no setor.​

Ou seja: cada detalhe importa.

 

Fontes:

Jornals Plos One 2017: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371%2Fjournal.pone.0170211

Center for Science in the Public Interest 2024: https://www.cspi.org/cspi-news/laboratory-developed-tests-fda-moves-close-loophole

 

 

Crescimento do número de exames no Brasil

  • O Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) realizou 267.813 exames entre 1º de janeiro e 8 de julho de 2025. No mesmo período de 2024, foram 205.879 exames. A diferença representa um crescimento de quase 61,9 mil exames, o que equivale a um aumento de cerca de 30% na produção laboratorial em apenas um ano.
  • Em 2022, houve aumento de 13,7% nos exames realizados pelo SUS no comparativo com 2021 — passando de cerca de 963 milhões para mais de 1 bilhão de exames. Os exames rápidos subiram 30%, e o de ressonância magnética teve aumento de 25,5%. Fonte: indicadores do Boletim Econômico, expedido pela Websetorial, pesquisa encomendada pela Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS).
  • Em 2023, foram realizados 2,26 bilhões de exames clínicos e de imagem nas redes pública e privada do país, um crescimento de 7,9 % em relação a 2022. Deste total, 1,05 bilhão foram pelo SUS, os dados apurados pelo Datasus.

 

Erros laboratoriais mais comuns e impacto na saúde

  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 5% e 20% dos atendimentos médicos resultam em diagnósticos incorretos, atrasados ou ausentes, impactando milhões de pessoas ao longo da vida. Esses equívocos respondem por cerca de 16% dos danos evitáveis nos sistemas de saúde, reforçando a necessidade de aprimorar os processos diagnósticos.
  • Uma revisão sistemática publicada na Revista Brasileira de Análises Clínicas (RBAC) traz taxa de erros pré-analíticos que varia de 0,07 % a 44,89 %, dependendo do tipo de exame (hematologia, urina, coagulação, identificação de informações etc.)

 

CONTROLE DE QUALIDADE AVANÇADO: CONHEÇA O LANÇAMENTO DA PIXEON QUE AUTOMATIZA, RASTREIA E GARANTE COMPLIANCE

Por Victor Hugo Lazzaro, especialista em medicina diagnóstica da Pixeon

Ter um sistema de Controle de Qualidade Interno (CQI) vai muito além de atender às exigências mínimas de órgãos reguladores. Em um cenário cada vez mais orientado por excelência analítica e segurança do paciente, o CQI se consolida como uma ferramenta estratégica para assegurar a confiabilidade dos resultados, mitigar riscos operacionais e sustentar o desempenho técnico do laboratório ao longo do tempo.

Apesar disso, é comum que os módulos de CQI embutidos em sistemas de gestão ou interfaceamento laboratorial sejam excessivamente básicos. Em geral, limitam-se ao registro manual de dados, geração de gráficos pontuais ou alertas pouco inteligentes. Isso abre margem para erros humanos, intervenções tardias e baixa rastreabilidade — um cenário incompatível com as exigências de qualidade que os laboratórios enfrentam hoje.

Por outro lado, um sistema de CQI bem estruturado permite ao laboratório identificar problemas antes que afetem o paciente, monitorar tendências analíticas, automatizar alertas de não conformidade e manter os registros sempre organizados para auditorias e processos de acreditação. Tudo isso contribui para fortalecer a cultura de qualidade e facilita decisões mais ágeis e embasadas, com o apoio de dados em tempo real.

 

LANÇAMENTO PIXEON: CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO AVANÇADO

Para responder a esse desafio, a Pixeon acaba de lançar um novo módulo integrado ao seu sistema de interfaceamento laboratorial, projetado para aumentar a eficiência dos times de qualidade.

O novo módulo de Controle de Qualidade Interno foi pensado para ser uma ferramenta prática, inteligente e adaptável às necessidades de cada laboratório. Conheça os principais diferenciais:

  • Monitoramento ativo: priorização de análises com base em faixas de controle, tempos de processamento e regras predefinidas;
  • Gráficos automáticos: geração dinâmica de Levey-Jennings, aplicação das regras de Westgard sem necessidade de cálculos manuais;
  • Alertas de não conformidade em tempo real: notificações automáticas quando há tendência de desvio ou falha crítica;
  • Rastreamento de não conformidades e ações corretivas: tudo registrado com logs automáticos, facilitando a gestão de qualidade;
  • Acesso remoto via plataforma em nuvem: permite acesso de qualquer lugar, com segurança e integração direta ao LIS;
  • Configuração flexível: personalização das regras por setor, equipamento, analito ou faixa de trabalho, respeitando a realidade de cada laboratório;
  • Compliance facilitado: plataforma já atualizada para exigências nacionais de qualidade laboratorial.

 

PARA QUAIS LABORATÓRIOS O CQI DA PIXEON É INDICADO?

Desenhado para atender a diversas áreas da medicina laboratorial, a solução se adapta tanto às rotinas básicas quanto aos setores mais especializados, sendo indicado para:

  • Análises clínicas: garantindo precisão em exames de bioquímica, hormônios, marcadores tumorais, entre outros;
  • Hematologia: controle detalhado de contadores celulares, índices hematimétricos e parâmetros especiais;
  • Imunoensaios: controle em metodologias mais sensíveis, onde variações mínimas podem impactar no diagnóstico;
  • Laboratórios multissetoriais: instituições que operam em diferentes áreas e precisam centralizar sua gestão de CQI;
  • Redes e grupos laboratoriais: ideal para ambientes com múltiplas unidades ou laboratórios de referência que buscam padronização em larga escala.

A flexibilidade do módulo permite que o laboratório adapte fluxos e regras conforme sua realidade operacional, independentemente do seu porte ou complexidade. No fim das contas, o impacto é percebido em duas frentes fundamentais: mais segurança nos resultados e mais eficiência na gestão.

O interfaceamento com módulo de Controle de Qualidade Interno é apenas uma das soluções da Pixeon para laboratórios. A empresa dispõe de um amplo portfólio que apoia seus clientes na geração de eficiência, incluindo um sistema de gestão completo para medicina diagnóstica e seu premiado PACS para análise e distribuição de imagens médicas.

Acesse www.pixeon.com e descubra como a Pixeon pode transformar a eficiência da sua instituição.

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