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Infectologista do GRAACC dá dicas de segurança alimentar e higienização do ambiente domiciliar

Estudo publicado este mês pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revela a importância de aumentar a frequência diária na higienização de todos os cômodos, para evitar o contágio da Covid-19 e a proliferação de fungos, germes e bactérias

Diante da pandemia do novo coronavírus, em que o isolamento social se faz necessário para evitar a disseminação da doença, a limpeza doméstica é grande aliada na prevenção. Assim como o cuidado com a higiene pessoal, é fundamental manter uma rotina dentro de casa, de preferência que todas as pessoas participem, dando ênfase às superfícies que são mais manuseadas como maçanetas, interruptores, torneiras e descargas. Usar água sanitária para a higienização desses locais e de todos os ambientes, higienizar embalagens de produtos adquiridos em supermercados estão entre as medidas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os especialistas alertam que manter a casa limpa também requer alguns hábitos fundamentais. Caso precise sair, ao retornar para casa, a pessoa deve retirar os sapatos antes de entrar na residência, além de lavar as mãos, e tomar um banho ou trocar a roupa que veio da rua. Um estudo publicado este mês pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revela a importância de aumentar a frequência diária na higienização de todos os cômodos, para evitar o contágio da Covid-19 e a proliferação de fungos, germes e bactérias.

Com o isolamento domiciliar as pessoas e, principalmente os cuidadores de pacientes oncológicos, estão ainda mais atentos à limpeza da casa, dos alimentos e do uso correto das máscaras de pano. Cuidar da alimentação e manipular corretamente os alimentos é um deles. É sabido que a imunidade é prejudicada com uma dieta irregular e, ao mesmo tempo, higienizar adequadamente os produtos também é fundamental. Ir ao supermercado ou para quem não pode evitar a saída de casa são atividades que agora merecem ainda mais atenção.

De acordo com a infectologista do hospital GRAACC, Dra. Fabianne Carlesse, antes de chegar das compras, a primeira atitude é higienizar as superfícies da cozinha onde serão manipulados ou guardados os alimentos, como bancada, pia e a despensa. “Pode ser com água e sabão ou álcool em gel e, na sequência, realizar a higienização dos produtos que foram comprados em mercados e feiras livres. Para os alimentos embalados, industrializados, seja uma caixa de leite, um pacote de macarrão ou enlatados, um pano com álcool pode ser passado na embalagem. Produtos em recipientes bem vedados podem ser lavados diretamente embaixo da torneira”, esclarece a infectologista.

O meio de contágio do coronavírus é através do ar ou por com secreções respiratórias contaminadas. E o ato de levar as mãos às mucosas, como boca, olho e nariz é a via de contato . Nos supermercados por exemplo, com o manuseio de itens nas prateleiras, é preciso cautela. Isso vale na volta das feiras de rua.

“São ambientes de grande circulação de pessoas em contato constante com os alimentos. A pessoa encosta, avalia o que vai levar, por exemplo. É um meio contaminado, tanto em relação aos produtos quanto ao espaço físico”, orienta.

Para hortaliças, frutas, verduras e legumes, a higiene pode ser feita primeiro com água corrente, depois colocá-los imersos em uma solução com água sanitária (uma colher de sopa para um litro de água, se for preciso uma quantidade maior), durante 15 minutos, e após esse tempo lavar novamente em água corrente e deixar secar naturalmente. “Se for consumir em seguida, já está pronto para a ingestão. Se não, é indicado guardar na geladeira em recipientes com tampa”, esclarece .

Na cozinha: para quem vai para a cozinha preparar a comida, é indicado lavar as mãos quando ocorrer o contato com novos ingredientes – ainda que o calor do cozimento possa inativar o vírus, ele pode permanecer na pele e contaminar alimentos crus ou gelados. A higienização das mãos deve seguir os protocolos indicados pelo Ministério da Saúde.

Uso do celular: antes da pandemia de coronavírus, algumas pessoas eram relutantes em emprestar seus smartphones para outras por diversas razões. Agora, essa preocupação deve ser ainda maior. Isso porque falar ao telefone gera gotículas invisíveis de saliva no ar que, se vindas de uma pessoa infectada, pode não só contaminar o aparelho, mas também o ambiente.
“Uma pessoa infectada pode pulverizar no ar gotículas contaminadas enquanto faz uma ligação. Além disso, devido ao material de composição de alguns aparelhos atuais -o plástico – como vimos logo acima, o vírus pode sobreviver por até 72 horas. Se uma pessoa infectada entrega o telefone para outra, a doença pode ser transferida para as pontas dos dedos do indivíduo que recebeu o aparelho. Se ele, em um momento de distração, tocar a boca, olhos ou nariz, pode contrair a doença”, enfatiza Dra. Fabianne Carlesse.

Um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine afirma que o novo coronavírus consegue sobreviver dias em superfícies. O tempo varia de acordo com cada material. “O vírus pode sobreviver, por exemplo, três dias no plástico e no aço inoxidável e 24 horas no papelão. Desse modo, algumas medidas de segurança e higiene precisam ser reforçadas ao receber uma entrega de restaurante ou supermercado”, explica Dra, Fabianne Carlesse.
Delivery: com as pessoas seguindo recomendações para ficar em casa para se proteger do novo coronavírus, o aumento dos pedidos de comida e produtos pela internet era um movimento natural. No entanto, muitos ainda têm dúvidas sobre a transmissão do vírus nesses itens entregues em casa.

Segundo a infectologista do hospital GRAACC, a higienização do pacote recebido é recomendada. Essa preocupação é menor ainda se o alimento for cozido de alguma forma. “Se o pedido é de algo frio, como uma salada, por exemplo, pode haver algum risco se a refeição tiver contato com alguém infectado. Mas, se os alimentos são manuseados adequadamente, e seguindo padrões de higiene impostos por órgãos reguladores, deve haver pouca chance de ocorrer algum problema”, alerta.

Em entregas gerais, tente manter certa distância do entregador. “Muitos deles já renunciaram do sistema de assinatura para confirmar a entrega, o que significa que não será necessário tocar em um dispositivo ou caneta que muitos outros já manipularam. Por fim, pode-se limpar muito bem o pacote recebido antes de abri-lo e lavar as mãos de forma correta, respeitando a regra dos 20 segundos, depois de descartar a embalagem do produto”, diz.

http://www.graacc.org.br

Fonte: Target Estratégia em Comunicação.

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