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Aumento dos casos de Influenza A volta a preocupar

(foto/freepik)

Exame consegue identificar 24 patógenos, como vírus e bactérias, para orientar o melhor tratamento

Nas últimas semanas, unidades de Saúde da Rede Pública e Hospitais da Rede Privada, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, têm registrado um aumento considerável dos casos de Influenza A. Levantamento mostrou que, nos dois estados e no DF, houve um crescimento de 400% nas taxas de positividade para influenza A, com predominância da variante H3N2, no início de setembro, em comparação aos meses de julho e agosto. Na região paulista, os percentuais mais elevados de positividade, conforme o Levantamento, foram notificados em adolescentes de 10 a 19 anos (52,5%), depois em crianças de 5 a 9 anos (40,8%) e em bebês de 0 a 4 anos (10,6%).

Outros estados já estão preocupados com a disseminação do vírus por todo o país e alertam para o perigo de um novo surto de H3N2, como o ocorrido em dezembro do ano passado. Em Belo Horizonte, por meio do  setor de vigilância epidemiológica, já foram mobilizadas as instituições de saúde sobre os casos notificados em São Paulo, com intuito de coletar dados de hospitalizações decorrentes de síndrome gripal para monitoramento e identificação do vírus circulante através da coleta de exames laboratoriais a serem analisados pela FUNED (Fundação Ezequiel Dias).

Os profissionais da área consideram esta época atípica para a circulação do vírus, quando as temperaturas começam a se elevar, sendo a doença mais comum no início do inverno. Mas quais as explicações por trás desse novo cenário? Para o diretor técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques, ainda não é possível afirmar especificamente a que se deve esse surto fora de época. “Alguns fatores podem estar associados. De acordo com levantamento da Fundação Oswaldo Cruz e de especialistas da Saúde, pelo segundo ano consecutivo, vivemos um inverno atípico, com oscilações de temperatura e clima muito seco, que se prolongou até recentemente. Em dias mais frios, as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados e pouco ventilados, que favorecem a circulação do virus”, argumenta.

O especialista acredita também que entre os fatores que mais contribuíram para o aumento dos casos de Influenza está a baixa cobertura vacinal. “Liberada para toda a população, a adesão à vacinação contra a gripe ficou bem abaixo do esperado. Até entre os grupos prioritários, em que estão incluídos idosos, crianças, profissionais da saúde, pessoas com comorbidades, entre outros, as taxas de cobertura vacinal ficaram em torno de 69,3% em todo país. O índice considerado ideal é de 90%”, afirma.

A Responsável Técnica de Vacinas do Laboratório Lustosa, Marta Moura, concorda e lembra ainda que a vacinação contra o Influenza A tem uma peculiaridade: a duração é mais curta. “Isso provoca uma queda na proteção no decorrer do tempo. Estudos demonstram que a vacina pode perder totalmente sua eficácia após seis meses”, diz. Para sanar esse problema, ressalta a enfermeira, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) já sinalizou, em nota técnica divulgada no último dia 27 de setembro, a possibilidade de ser aplicada uma segunda dose da imunização, ainda este ano, para os grupos de maior risco.

Marta reafirma que a imunização é a forma mais eficaz e segura de se prevenir da Influenza A e também da COVID 19. “Nas duas situações, as vacinas amenizam os sintomas e evita que eles evoluam, por exemplo, para uma pneumonia ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que podem levar a internações e à morte”, alerta.

A profissional destaca que as vacinas estão disponíveis na rede pública e também na rede particular, onde há mais opções. “No Lustosa, o paciente pode optar pela vacina tetravalente, que contém uma cepa B adicional, que protege contra um tipo a mais das variantes circulantes, garantindo uma proteção maior contra a doença. A vacina é indicada para pessoas a partir dos 06 meses de idade e está disponível para todos os públicos, caso tenham recebido a trivalente no serviço público e queira receber a tetravalente pode, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses”, orienta.

Gripe

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão, sendo responsável por elevadas taxas de hospitalização. Ela se manifesta com sintomas como febre, tosse, coriza, dor de cabeça, dor de garganta e chiado no peito.  Pode evoluir para quadros mais graves, aumentando as taxas de hospitalização e provocando a morte de pacientes mais vulneráveis.

De acordo com Adriano Basques, do Laboratório Lustosa, a transmissão dos vírus do tipo Influenza ocorre, assim como a gripe comum e o coronavírus, por meio de secreções respiratórias passadas de uma pessoa para outra, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Além disso, é possível pegar a gripe por contato com superfícies contaminadas com gotículas respiratórias (o que pode incluir qualquer objeto).

Painel 24 patógenos

Um exame simples pode esclarecer qual a causa do nariz escorrendo ou da garganta irritada, apontando se aqueles sintomas são provocados por uma bactéria ou por um vírus. O diagnóstico é feito por meio de um teste molecular capaz de identificar 24 patógenos em uma única amostra colhida na região da nasofaringe, assim como feito na coleta para os testes moleculares para o coronavírus.

Com o resultado em mãos, é possível que o tratamento seja melhor orientado, evitando a paralisação das atividades em decorrência das medidas preventivas contra a Covid-19 ou o uso desnecessário de antibióticos. “Nem toda doença respiratória necessita de antibiótico. As infecções virais e até algumas infecções bacterianas melhoram sem o medicamento”, frisa Adriano Basques.

O exame Painel Respiratório – 24 patógenos é oferecido atualmente pelo Laboratório Lustosa. O resultado é disponibilizado em até 3 dias úteis e pode ser colhido nas  unidades preferenciais para Covid-19 ou em domicílio.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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