Artigos Científicos

Short Communication – Gestão Laboratorial

O “jaleco de ouro”: valorizar cultura organizacional e comportamentos extraordinários como uma das formas de conectar o laboratório com os pacientes

por Sanches, Leticia Martins¹
Vargas, Patricia Isquierdo Moreno¹
Silva, Flavia Helena da¹
Bitencourt, Kelly Soliani²
Tanaka, Ana Carolina²
Bovenzo, Tatiane Nascimento¹
Minatel, Mauricio Guerino¹
Guimarães, Gustavo Stuani¹
Rizzatti, Edgar Gil¹

¹ Diretoria Executiva Médica, Técnica e Processos ¹ Diretoria Executiva de Pessoas
*Estes autores contribuíram igualmente para o trabalho

Fomentar processos bottom up, em que colaboradores e equipes sintam-se empoderados a resolver problemas e a contribuir de forma engajada e alinhada à cultura organizacional é um desafio para gestores de empresas de qualquer segmento(1). Talvez isso seja particularmente verdadeiro na área de saúde, onde a melhoria contínua de processos no dia a dia é também relevante para o aprimoramento da gestão da qualidade e da segurança dos pacientes(2-3). Nesse contexto, a cultura e o aprendizado evoluem de forma indissociável e requerem uma identidade de grupo, um “reconhecer coletivo” sobre os modelos de excelência com foco nas pessoas.

Um ferramental desenvolvido recentemente que nos habilita a trabalhar todos esses elementos com as equipes de forma estruturada é o assim chamado human centered design(4).

O human centered design (ou people centered design) é uma modelagem poderosa para que a criação coletiva amplie as sinergias e o engajamento entre pessoas e equipes(4). Particularmente relevante para o setor de saúde, a expressão de experiências positivas sobre ter sido envolvido em projetos que utilizam essas técnicas é relatada como fonte de maior engajamento entre pacientes, seus familiares e equipes técnicas(2). Dessa forma, a cultura de excelência pode albergar conceitos de inovação, melhores práticas, mindset preventivo, e a importante ‘organização de aprendizado’(5). Todas essas características são essenciais para que a melhoria contínua, a qualidade e a segurança dos pacientes façam parte do dia a dia na cultura de uma equipe técnica da área da saúde.

A equipe de Análises Clínicas do Grupo Fleury, composta por aproximadamente 1.300 colaboradores, dispersos em diferentes núcleos técnico-operacionais em todo o Brasil, vem estudandoo human centered design por meio de alguns projetos relacionados à inovação em gestão(4). Na realização de mais de 70 milhões de exames por ano, essas equipes vivenciam diferentes histórias de atuação focadas no paciente. Desafios diários são vencidos e incorporados à nossa memória organizacional reforçando a cultura organizacional com foco no paciente. Os momentos capturados por essas histórias permitem que seus protagonistas, os colaboradores, sejam reconhecidos pela conexão das suas ações com o propósito da empresa, pela capacidade de superação de desafios, pela constatação de que as atitudes devem se basear nos nossos valores e na colaboração entre pessoas e equipes. Esse ‘reconhecer diário’ retroalimenta positivamente a cultura; quanto mais visível a pessoa se tornar, maior tende a ser o seu engajamento e a sua contribuição para a equipe e para a empresa(6).

(Leia Short Communication na íntegra da revista LAES&HAES 241)

Contato:
Grupo Gestão de Operações Técnicas
e-mail: gestao.operacoes@grupofleury.com.br

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