Artigos Científicos

Edição 245 – Os Níveis de Dímero-D e a Relação com Pacientes em Estado Grave Infectados com o Novo Coronavírus

por Ozaki, Bianca Chames • Borella, Cleide Rodrigues

Medical Affairs Laboratory Diagnostics Siemens Healthineers

Resumo e Compêndio da Literatura

INTRODUÇÃO

A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 gera a COVID-19, causadora de pneumonia e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), tornou-se uma pandemia que atingiu milhares de pessoas ao redor do mundo. Um número crescente de cidadãos são afetados por medidas de distanciamento social e pelos impactos socioeconômicos provocados pela COVID-19.

Desde o final de 2019, diversos artigos com dados envolvendo os pacientes infectados pelo novo coronavírus têm sido publicados, com o intuito de disseminar a informação científica no apoio ao combate à doença. Contudo, é importante destacar que grande parte destas informações científicas estão sendo publicados em tempo real, exigindo cautela e criticidade no momento da interpretação.

Embora já esteja bem estabelecido que a COVID-19 é manifestada primariamente por uma infecção do trato respiratório, os crescentes dados relatam o desenvolvimento de uma doença sistêmica, caracterizando a Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica, que pode envolver o sistema cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, hematopoiético e imune, entre outros (TERPOS et al., 2020).

Um dos problemas principais da pandemia refere-se ao alto volume de pacientes que precisam de atendimento médico e, principalmente, de tratamento intensivo, o que geralmente acaba ultrapassando a capacidade de recursos humanos e tecnológicos para atendimento. Desse modo, fica claro a importância de um sistema ou recurso de estratificação precoce de risco, melhorando o planejamento e a conduta dos casos de infecção pelo SARS-CoV-2.

Autores afirmam que idosos com comorbidades possuem maior risco de morte pela COVID-19, porém indivíduos jovens e que sejam considerados saudáveis também podem apresentar complicações letais como miocardite fulminante e coagulopatia intravascular disseminada (CID)(TANG et al., 2020) (MADJID et al., 2020).

Nesse contexto, diversos estudos vêm relatando os parâmetros laboratoriais e sua correlação com o prognóstico dos pacientes infectados pela COVID-19. Durante o período de internação, quando existem sintomas não específicos, a presença de leucócitos e linfócitos ligeiramente diminuídos é uma das primeiras alterações a serem observadas (TERPOS et al., 2020). Os relatos apontam que em torno do sétimo ao décimo quarto dia após o início dos sintomas surgem manifestações clínicas referentes ao aumento acentuado de citocinas e mediadores inflamatórios
(chamada de “tempestade de citocinas”).

De acordo com os estudos analisados, as desordens da coagulação são achados relativamente frequentes entre os pacientes de COVID-19, especialmente entre aqueles pacientes internados em estado grave. (DENG et al., 2020) (ZHOU et al., 2020). O Dímero-D é um dos principais achados laboratoriais que os autores se referem. Estudos publicados sobre a COVID-19 divulgam dados que evidenciam a relação entre elevados níveis de Dímero-D e a gravidade de infecção e necessidade de hospitalização dos pacientes. Fatores como idade, índice SOFA e os níveis aumentados do marcador foram importantes preditores de risco de morte (ZHOU et al., 2020).

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