Artigos Científicos

Edição 247: Impactos ambientais causados pela pandemia do novo coronavírus

por Brandão, Vitória M. C.
Silva, Karina C. da
Albuquerque, Fernando A. F.
Pereira, Fernanda A. Cangerana

RESUMO

A nova pandemia de coronavírus acabou sendo a maior crise de saúde desde a gripe espanhola no século XX. Seus impactos causam não apenas a infecção de milhões e a morte de milhares de pessoas, mas também uma provável crise econômica subsequente. Devido ao bloqueio imposto pela pandemia, notáveis reduções na demanda de energia, na emissão de gases poluentes, e a melhoria da qualidade do ar e da água foram observadas em todo o mundo. Este trabalho é uma revisão bibliográfica que reuniu dados sobre o histórico de emergências e ressurgimentos de doenças e aspectos ambientais, sociais e econômicos. Alguns dos impactos negativos e positivos que ocorreram devido à nova pandemia de coronavírus relacionados ao gasto de energia e impactos na fauna e flora foram descritos, com algumas previsões de curto e longo prazo.

PALAVRAS-CHAVE: COVID-19, coronavírus, impactos ambientais, energia.

SUMMARY

New coronavirus pandemic turned out to be the biggest health crisis since Spanish flu in the 20th century. Its impacts cause not only the infection of millions and the death of thousands of people, but also a likely subsequent economic crisis. Due to the blockade imposed by the pandemic, notable reductions in energy demand, in the emission of polluting gases and the improvement of air and water quality have been observed worldwide. This work is a bibliographic review that gathered data on the history of emergencies and resurgences of diseases and environmental, social and economic aspects. Some of the negative and positive impacts that have occurred due to the new coronavirus pandemic related to energy expenditure and impacts on fauna and flora have been described, with some short- and long-term predictions.

KEY-WORDS: COVID-19, coronavirus, environmental impacts, energy.

INTRODUÇÃO

Desde o surgimento da COVID-19, em dezembro de 2019 em Wuhan, China, uma doença respiratória com alta infectividade, alcançando o mundo todo, até 21 de outubro de 2020 já foram contabilizados 40.455.651 casos confirmados e 1.119.431 mortes(¹). A doença age no
sistema respiratório do infectado semelhantemente à uma pneumonia, de modo a provocar febres, dores, dificuldades de respiração e tosse seca, levando parte dos infectados, principalmente aqueles com comorbidades, a quadros mais graves. Foi observada também a possibilidade de ocorrências gastrointestinais, cardiovasculares, redução de mobilidade e danos psicológicos agravados pelo isolamento social(¹⁻⁵). Segundo pesquisa publicada na revista The Lancet Oncology, usando dados de estatística epidemiológica coletados em hospitais de diversas províncias chinesas, chegou-se também à conclusão que pacientes com câncer são mais suscetíveis à infecção e efeitos da doença devido ao estado de imunossupressividade decorrente do câncer e de tratamentos(⁶⁻⁷ ).

Uma incerteza econômica também é esperada como consequência da pandemia. Por causa da enorme velocidade de propagação da doença, o mercado de ações se tornou volátil no Brasil. Em março, foi registrada a maior queda da bolsa B3 entre bolsas globais, enquanto em abril, foram registradas seguidas perdas da Ibovespa(⁸⁻⁹). Incertezas geradas por jornais e pesquisas de expectativas de negócios também contribuem para o panorama negativo acerca da economia mundial durante e após a crise(¹⁰).

Há a hipótese de o vírus ter surgido através do contato humano com animais silvestres como morcegos e pangolins vendidos em um mercado de animais silvestres e exóticos em Wuhan, província de Hubei, China. O desflorestamento e o consumo de carne desses tipos de animais propicia o surgimento e dispersão de zoonoses, como febre amarela, ebola, malária e o próprio COVID-19(¹¹).

A pandemia foi intrinsecamente motivada por impactos ambientais causados pela expansão humana irresponsável e consumo inapropriado de animais silvestres. No entanto, também ocorrem impactos ambientais decorrentes da própria pandemia, a serem abordados na decorrência desse trabalho.

METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão bibliográfica e documental, visando observar os mecanismos pelos quais doenças emergem e reemergem no mundo, bem como a relação deste fenômeno com o avanço do desflorestamento. Além da decorrência de quedas no consumo de energia e na emissão de carbono e os impactos positivos quanto à fauna e flora do planeta.

Leia o artigo científico completo na íntegra da revista LAES&HAES edição 247 ou clique aqui e leia já!

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1. Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP

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