por Sousa, Ana Sofia Kauling de¹
Zanotto, Wanessa¹
Daiane Fraga²
Haas, Patrícia²
RESUMO
O artigo discute a lesão mais comum em plexo, a lesão de plexo braquial, que vem se tornando cada vez mais frequente devido ao aumento da urbanização e da violência, sendo ela, por arma de fogo, ou até mesmo acidentes automobilísticos. Esse tipo de lesão não afeta somente a vida do paciente, mas também a vida de sua família, sua vida social e até mesmo a economia, por ser mais frequentes em homens em pleno desenvolvimento econômico e necessitando de licenças trabalhistas, prejudicando assim seu desempenho no trabalho. O plexo braquial encontra-se anatomicamente nas regiões que vão do pescoço até o braço. Por isso, torna-se tão importante, por ser uma região delicada e de grandes chances de lesão. Os tratamentos variam, mas a fisioterapia deve estar presente desde o momento inicial da lesão, até a sua cura, pois tal lesão pode ser momentânea, ou até mesmo permanente, o que necessita de um acompanhamento fisioterapêutico mais detalhado. A fisioterapia tanto convencional, quanto com práticas mais elaboradas tem dado grandes resultados, melhorando assim a qualidade de vida de tal paciente, elevando as chances de cura.
PALAVRAS-CHAVE: lesão do plexo braquial, tratamento e fisioterapia.
SUMMARY
The article deals with the most common injury in case of an injury, plexus, brachial
plexus, which has become increasingly frequent, due to increased urbanization and violence, firearm, or even car accidents. This type of injury does not affect only the patient’s life but also the life of his family, their social life and even the economy, because it is more frequent in men in full economic development and requiring licenses, undermining labor so your performance at work. The brachial plexus is anatomically in regions ranging from the neck to the arm, so it becomes so important, because it is a delicate area and great chances of injury. Treatments vary, but physical therapy must be present from the moment of injury, until his healing, the injury may be temporary, or even permanent, which requires a more detailed fisioterapeutico. Both conventional physical therapy, as well as more elaborate practices has given great results, thereby improving the quality of life in such a patient, raising the chances of cure.
KEYWORDS: brachial plexus injury, treatment and physiotherapy.
INTRODUÇÃO
O plexo braquial que faz parte do sistema nervoso periférico é uma região crítica quando lesada, por participar de estruturas anatômicas de grande parte do pescoço e ombro. As lesões do plexo braquial são classificadas em traumáticas e não traumáticas e podem ocorrer em qualquer parte do plexo, causadas por compressão, ruptura ou estiramento das raízes. A maioria dessas lesões ocorre em jovens do sexo masculino e geralmente na região supraclavicular. A estimativa é de 1,75 casos por 100.000 habitantes no Brasil(¹⁴ ). Essa lesão em crianças apresenta uma incidência de 0,5% a 2,5% pra cada 1.000 nascidos vivos, conforme citado na Tabela 1, sendo a principal causa de problemas no parto. Gerando sintomas como fraqueza muscular do membro superior acometido, podendo levar ao desalinhamento postural, prejudicando seu crescimento, e levando a criança a ter dificuldades na interação social(²).
As raízes nervosas C5 a T1 compõem o plexo braquial, que nos membros superiores é responsável pela enervação sensitiva ou motora(²¹). O sistema nervoso é composto por mielina, axônios e células de Schwann, que permitem a este a condutibilidade e excitabilidade. As células de Schwann fornecem proteção, suportando forças e compressões. O sistema nervoso possui propriedades elásticas, podendo se encurtar ou alongar em resposta a movimentos dos segmentos corporais, mesmo com tantos elementos responsáveis pela proteção do sistema nervoso lesões podem acontecer(¹⁸).
Osistema nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. As lesões sofridas no SNP podem causar alterações motoras e sensitivas importantes(¹³). Quando lesados, sua gravidade irá variar pelo nível desta, podendo ocasionar paralisia flácida ou total do membro. Esta lesão é causada pela tração da cabeça, por um mau posicionamento. Podemos classificar estas lesões em: paralisia braquial alta, paralisia braquial inferior ou paralisia total ou completa(²¹).
Essa lesão de plexo braquial repercute no contexto familiar, econômico e social, comprometendo significativamente a qualidade de vida do paciente. Sendo assim, a fisioterapia tem como meta reabilitar tal paciente para que ele mantenha sua amplitude de movimento, para retardar atrofias posteriormente e assim torná-los mais independentes e sem quadro álgico(¹⁴).
A lesão no plexo braquial pode ser uma consequência do pós-operatório do câncer de mama. Além disso, podemos destacar como forma de ocasionar este dano os acidentes de motocicleta, a chamada síndrome do motoqueiro, e outras formas de acidentes onde ocorram as trações dos nervos, como uma velocidade e força consideráveis(¹⁵).
Para cirurgiões e fisioterapeutas, a lesão do plexo braquial em adultos é um desafio, há a preocupação em manter o tecido muscular alvo da enervação do nervo lesado em estado fisiológico para que possa ocorrer a reinervação deste. Se essa reinervação não ocorrer, acontecerá a substituição do músculo por tecido fibroadiposo, com perda da capacidade de movimento. Os fisioterapeutas usam como recurso para evitar a atrofia muscular a estimulação elétrica. O objetivo de estimular eletricamente o músculo desenervado é exercitar este e mantê-lo fisiologicamente saudável(²⁰).
Quando ocorre em crianças, ocasiona um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo essencial a intervenção precoce e o uso de atividades que promovam aquisição de etapas neuropsicomotoras. O diagnóstico de lesão do plexo braquial obstetrício pode ser realizado logo após o nascimento. Em 90% dos casos, o prognóstico é favorável, sendo possível a recuperação completa da função motora(²¹).
O objetivo deste presente trabalho visa aprofundar temas pertinentes sobre a lesão do plexo braquial, como causas, diagnóstico, tratamento e atividades fisioterápicas que melhoram a qualidade de vida do paciente.
Leia o artigo científico completo na íntegra da revista LAES&HAES edição 247 ou clique aqui e leia já!
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1. Acadêmicos da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá.
2. Doutores da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá NUPEDS.