Questionário

EDIÇÃO 276 – GABARITO – COMO INTERPRETAR UM TESTE DE TROPONINA DE ALTA SENSIBILIDADE?

A seguir são comentadas as questões para as quais foram recebidas mais dúvidas quando disponibilizadas para os usuários Controllab

Os usuários puderam participar de uma enquete sobre troponina de alta sensibilidade junto a este questionário, na qual se observou que os laboratórios utilizam diferentes ensaios de troponina que são disponíveis no mercado. Cada laboratório deve conhecer o ensaio utilizado e a característica do serviço prestado e da população atendida.

Pontos importantes para estruturação do laudo e interpretação do resultado:

– utilizar a unidade pg/mL ou ng/L como padrão.

– aplicar o percentil 99 como ponto de corte.

– definir protocolo de dor torácica.

Questão 02: Quando o paciente apresenta um infarto com supra do segmento ST – a dosagem da troponina tem uma maior importância prognóstica, pois o diagnóstico do infarto já está feito e o paciente necessita um tratamento mais imediato com cateterismo ou medicação trombolítica. Nesta avaliação prognóstica a dosagem pode ser única em um primeiro momento antes do paciente ser submetido ao tratamento.

Questão 03: O paciente em questão é portador de Insuficiência Cardíaca e já apresenta valores aumentados por conta desta patologia. Caso o paciente estivesse apresentando um evento de SCA ele cursaria com uma elevação dos seus valores basais (aproximadamente 50 pg/mL). Como ele manteve os valores basais, o diagnóstico de SCA está excluído e os valores aumentados se justificam pela Insuficiência Cardíaca.

Questão 07: Como o ensaio de troponina utilizado pelo laboratório apresenta resultados falsamente elevados com a presença de hemólise – amostras negativas – inferiores a 12 pg/mL, essas amostras podem ser liberadas sem problemas, pois a hemólise não está interferindo para cursar com alteração dos valores.

Questão 08: Sobre as assertivas:

  1. Os dados dos resultados dos diferentes kits diagnósticos não podem ser comparados entre si. Existem diferenças entres os valores que podem comprometer a interpretação dos resultados. Quando o paciente realiza uma curva diagnóstica ele deve realiza-la em um mesmo ensaio.
  2. Existem diferentes opções no mercado.

Questão 09: Sobre as assertivas:

  1. Existem diferenças entre as sensibilidades dos ensaios disponíveis no mercado. Estes podem até ser classificados de acordo com a sua sensibilidade.
  2. Como dito anteriormente existem diferentes ensaios disponíveis.
  • Sim, as aplicações clínicas são as mesmas.

Questão 11: Sobre as assertivas:

  1. O padrão ouro para o diagnóstico é a Troponina de alta sensibilidade.
  2. As troponinas de alta sensibilidade são o padrão ouro para o diagnóstico do Infarto do Miocárdio. Na suspeita de SCA sem supra o teste deve ser solicitado de forma seriada.
  • Como já dito anteriormente a Troponina é o padrão ouro para o diagnóstico do Infarto.

Questão 14: A eliminação da troponina é por via renal. Caso o paciente apresente perda de função ela demorará a ser eliminada. A meia-vida é a quantidade de tempo característica de um decaimento exponencial. Se a quantidade que decai possui um valor no início do processo, na meia-vida a quantidade terá metade deste valor.

Para a troponina a meia vida é de 8 a 12 horas, caso a função renal seja normal.

O tempo de 5 a 10 dias, pode ser considerado o tempo para que a troponina entre na faixa de normalidade, mas também depende da quantidade de troponina liberada e do processo fisiopatológico que gerou a liberação da troponina na corrente sanguínea.

A partir do momento que a lesão que gerou a liberação da troponina na corrente sanguínea podemos avaliar o decaimento dos valores. Ex: um paciente que apresentou uma liberação de 300 pg/mL de troponina e o processo de liberação já foi controlado, provavelmente ele apresentará valores de 150 pg/m/L após 8-12 h, 75 pg/dL após 8-12h, 37,5 pg/mL e assim por diante até atingir os valores basais.

Questão 15: O maior problema da CK-MB atividade é a interferência na presença de macromoléculas. Nestes casos o valor de CK-MB é superior ao valor de CK. O valor de uma isoenzima não pode ser superior à enzima. Com o ensaio de CK-MB massa esse problema foi solucionado ficando como limitação apenas a especificidade pelo músculo cardíaco que é inferior à da Troponina.

Gabarito

 

Pergunta 1 – Opção 3

Pergunta 2 – Opção 2

Pergunta 3 – Opção 1

Pergunta 4 – Opção 1

Pergunta 5 – Opção 1

Pergunta 6 – Opção 2

Pergunta 7 – Opção 2

Pergunta 8 – Opção 3

Pergunta 9 – Opção 4

Pergunta 10 – Opção 3

Pergunta 11 – Opção 4

Pergunta 12 – Opção 4

Pergunta 13 – Opção 4

Pergunta 14 – Opção 4

Pergunta 15 – Opção 3

 

Elaborador: Carlos Eduardo dos Santos Ferreira.  Médico Patologista Clínico. Laboratório Central do Hospital São Paulo – Escola Paulista de Medicina/ Universidade Federal de São Paulo. Laboratório Clínico do Departamento de Patologia Clínica-Medicina Diagnóstica Albert Einstein.

Referências Bibliográficas:

Kristian Thygesen, Johannes Mair, Evangelos Giannitsis, Christian Mueller, et al How to use high-sensitivity cardiac troponins in acute cardiac care.  Eur Heart J.  33(18):2252-7, 2012.

Apple FS, Simpson PA, Murakami MM.  Defining the serum 99th percentile in a normal reference population measured by a high-sensitivity cardiac troponin I assay. Clin Biochem;43:1034-6, 2010.

Lippi G, Sanchis-Gomar F and Cervellin G.  Cardiac

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