Questionário

EDIÇÃO 267 – GABARITO – LABORATÓRIO NA TERCEIRA IDADE

A seguir são comentadas as questões para as quais foram recebidas mais dúvidas quando disponibilizadas para os usuários Controllab

Pergunta 02: A resposta é a opção 2. Pacientes com idade mais elevada podem apresentar taxa de falso positivo no FAN em incidência maior que nos mais jovens. Neste caso, o FAN isolado não permite fechar um diagnóstico preciso. Além do fato de termos exames muito mais sensíveis (VHS e PCR) de atividade inflamatória negativa.

Pergunta 03: A resposta é a opção 3. Acredita-se que a maior dúvida nesta questão é sobre valorizarmos os resultados de clearence calculados pelas diversas fórmulas. Lembramos que quando o clearence é menor que 60 mL/min a validade da fórmula é prejudicada. Assim nem sempre podemos nos basear nesta alternativa para estimarmos a função renal de um paciente.

Pergunta 04: A resposta é a opção 4. Apesar de inúmeros idosos possuírem doença crônica, a causa mais comum de anemia nesta faixa é a carencial, seja pela dieta pobre em ferro, ou perdas insensíveis (tratos digestório e genital).

Pergunta 05: A resposta é a opção 2. Lembramos que intoxicação é um diagnóstico clínico, o laboratório é importante ferramenta auxiliar nesta questão.

Pergunta 06: A resposta é a opção 4. A circunferência abdominal, apesar de não ser do rol de procedimentos do Laboratório Clínico é um dos pilares no diagnóstico da Síndrome Metabólica.

Pergunta 08: A resposta é a opção 4. A punção venosa em vaso de grosso calibre deve ser vista como uma medida extrema, em virtude das dificuldades técnicas e dos riscos do procedimento. A análise dos resultados obtidos deve ser feita com cuidado e que não diferem daqueles tomados na análise das amostras obtidas desta forma e colhidas em pacientes de outras faixas etárias.

Pergunta 09: A resposta é a opção 3. Aumento de TSH significa uma tireoide com funcionamento que pode estar abaixo do normal. Se o quadro se apresenta sem sintomas é chamado de subclínico. Porém, não é possível estimarmos a etiologia deste processo somente com o TSH, carecendo de outras provas (anticorpos contra tireoide, por exemplo).

Pergunta 10: A resposta é a opção 3. Esta questão levanta um ponto importante. O aumento da incidência de autoanticorpos tireoidianos com o aumento da idade. Assim este exame, por si só, na ausência de quadro clínico relevante, tem baixa especificidade. Ou seja, tem pouca capacidade de afastar a possibilidade de doença. Esta é uma limitação do exame que pode em alguns casos confundir o médico solicitante. Esta confusão ocorre nos casos em que o exame é solicitado sem suspeita clínica que justifique, levando a uma interpretação confusa.

Pergunta 12: A resposta é a opção 3. A causa mais comum de leucopenia nesta faixa etária é a síndrome mielodisplásica. É menos provável que já estejamos defronte um quadro de anemia aplástica, embora não se possa excluir com total certeza. Porém, definitivamente não é uma leucopenia constitucional, pois estes quadros são logo caraterizados pela persistente baixa leucometria que acompanha o paciente por toda a vida não surgindo somente nesta faixa etária.

Pergunta 13: A resposta é opção 3. Nesta questão listamos efeitos comuns das medicações. O laboratório por motivos óbvios não pode suspender e/ou alterar medicações, mas estar ciente dos possíveis interferentes e alertar o médico solicitante quando suspeitar de tal ocorrência.

Pergunta 14: A resposta é a opção 1. Esse é um quadro que por vezes pode levar à confusão pelo fato de mostrar valores “discordantes” entre ureia e creatinina. O aumento da ureia se deve à “digestão” do sangue que cai no trato digestório. Não há hemodiluição neste caso, pois há perda simultânea e aguda de plasma e elementos figurados, ou seja, perda de sangue total. Neste caso, solicitar sangue oculto é perda de tempo, pois logo termos alteração das fezes visível a olho nu, com fezes tipo melena.

Pergunta 15: A resposta é a opção 1. Esta questão relembra os exames que se encaixam nos critérios diagnósticos para DM tipo 2: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste de tolerância orla à glicose. A frutosamina não faz parte deste rol de exames.

Gabarito

Pergunta 1 – Opção 4
Pergunta 2 – Opção 2
Pergunta 3 – Opção 3
Pergunta 4 – Opção 4
Pergunta 5 – Opção 2
Pergunta 6 – Opção 4
Pergunta 7 – Opção 1
Pergunta 8 – Opção 4
Pergunta 9 – Opção 3
Pergunta 10 – Opção 3
Pergunta 11 – Opção 3
Pergunta 12 – Opção 3
Pergunta 13 – Opção 3
Pergunta 14 – Opção 1
Pergunta 15 – Opção 1

Elaborador: Alvaro Pulchinelli Jr. Patologista Clínico, Doutor em Ciências pela UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, Preceptor Centro Alfa UNIFESP-EPM e assessor médico de Bioquímica Clínica, Toxicologia e Drogas Terapêuticas do Grupo Fleury.

Referências Bibliográficas:

    • Medicina Laboratorial 2,a Ed Manole 2008.
    • Fundamentos de Química Clínica. 6a ed. Rio de Janeiro. Elsevier. 2008.
    • Henry J B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20a ed. Barueri, SP. Manole. 2008.
    • Pulchinelli Jr A, Cury Jr AJ, Gimenes AC. Clinical laboratory findings in the elderly. J. bras. patol. med. lab. 2012;48(3):169-74

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