Por Irineu Grinberg
Em agosto de 2018, fato amplamente noticiado por todos os veículos especializados, a rede de farmácias CVS adquiriu a AETNA, quarta maior operadora de planos de saúde dos EUA. Essa transação visa transformar parte significativa dos estabelecimentos da rede em porta de entrada dos clientes AETNA aos primeiros cuidados em saúde. Trata-se de um projeto ambicioso, que pode modificar todas as características dos modelos atuais de atendimento, fundamentados nas conveniências dos médicos, hospitais e provedoras, para ações e atitudes voltadas inteiramente ao consumidor. Essas são as declarações dos dirigentes mais graduados da rede CVS. Houston, Texas, foi a cidade escolhida como ponto de partida. Já estão funcionando, em algumas lojas da rede, atendimento diferenciado para os clientes da operadora recentemente adquirida e ao público em geral. Foram ampliados os serviços oferecidos pelo sistema Minute Clinic, anteriormente instalado (mapeamento de pressão arterial, controle da obesidade e diabetes), e acrescidos outros, de forma a transformar as lojas em “hubs de saúde”. Nesses locais, pelo menos 20% da área física é restrita aos cuidados em saúde, onde estarão localizados centros de bem-estar, com professores de yoga, orientação de nutricionistas para dietas, cuidados médicos e farmacêuticos. Bem como venda de autotestes laboratoriais, muletas e similares, alimentos dietéticos e muitas outras utilidades voltadas às necessidades dos clientes. A meta da CVS é de 50 lojas piloto para este ano, 1.500 até 2021. As ações da empresa já valorizaram 3,9% em 2019, e são aguardadas altas significativas para até 2021. A quantidade de lojas, cerca de 10.000, aliadas aos serviços oferecidos constituem indicadores favoráveis para que essas previsões sejam confirmadas.
IRINEU GRINBERG Ex-presidente da SBAC, diretor de Lab-FarmConsult
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