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Grupo Fleury tem estudo sobre teste inédito para detecção do novo coronavírus publicado na revista Nature Communications

Técnica inovadora desenvolvida pela área de Pesquisa e Desenvolvimento companhia obtém reconhecimento da comunidade científica internacional; método, que identifica o SARS-CoV-2 pela análise da proteína do vírus, permite estabilidade de temperatura da amostra e tem ajudado a democratizar o acesso ao diagnóstico da doença nos rincões do País.

A Nature Communications, periódico da revista Nature – uma das publicações científicas mais prestigiadas e relevantes do mundo – publicou um artigo sobre o desenvolvimento do teste para detecção do novo coronavírus (SARS-CoV-2) utilizando o método por proteômica direcionada por espectrometria de massas. O COVID19MS emprega técnica inédita e inovadora e foi concebido em tempo recorde de apenas dois meses pela área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury. O estudo foi submetido ao periódico em maio de 2020 e, após avaliações pelo processo de revisão por pares, foi aceito e publicado em 3 de dezembro.

Intitulado “Establishing a mass spectrometry-based system for rapid detection of SARS-CoV-2 in large clinical sample cohorts”, o artigo tem como autores Karina Cardozo, Adriana Lebkuchen, Guilherme Gonçalves Okai, Rodrigo Andrade Schuch, Luciana Godoy Viana, Aline Nogueira Olive, Ana Maria Fraga, Maria Carolina Tostes Pintão e Valdemir Melechco Carvalho com a participação dos infectologistas Celso Granato e Carolina Lázari. A descoberta, agora ratificada pela comunidade científica, contribuirá para estudos de pesquisadores do mundo inteiro tanto sob o aspecto de desenvolvimento de técnicas bioanalíticas quanto do ponto de vista da fisiologia do vírus e seu potencial infectante como para entender melhor a dinâmica da doença no mundo, que neste momento enfrenta a segunda onda em vários países.

Disponível no Grupo Fleury desde o final de maio, o teste inovador de diagnóstico da COVID-19 analisa proteínas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) diretamente de amostras clínicas do trato respiratório. Também recomendado para pessoas que apresentam nos primeiros três a sete dias os sintomas da COVID-19, o teste é realizado a partir de amostra de raspado (swab) de nasofaringe ou orofaringe – material obtido da mucosa do fundo do nariz ou da garganta com uma haste flexível (cotonete estéril). O exame apresenta sensibilidade próxima ao do RT-PCR que detecta o RNA do vírus e incorpora uma nova abordagem automatizada para o preparo de amostras por proteômica, reduzindo os riscos na manipulação das amostras e no tempo de análise, e mantendo a confiabilidade dos resultados.

Na época em que foi lançado, o método tornou-se uma alternativa ao exame RT-PCR, considerado padrão-ouro para detecção do novo coronavírus, uma vez que o mercado nacional enfrentava a falta de insumos para realizar o teste molecular. O novo teste por proteômica também contribuiu para a democratização do acesso ao diagnóstico. Isso porque a técnica inovadora permitiu que as amostras pudessem ser transportadas em temperatura ambiente, o que possibilitou a testagem em regiões remotas do país, e o método empregado permitiu o desenvolvimento de um teste com custo inferior ao teste molecular RT-PCR, o que barateou o preço na ponta.

“A publicação do nosso estudo na Nature Communications, uma revista de política editorial extremamente seletiva, chancela o desenvolvimento desta técnica inovadora e, também, a competência e a excelência de nossos pesquisadores e médicos no Grupo Fleury. Concebemos este novo diagnóstico em tempo recorde, em um momento crítico da pandemia no Brasil. Isso foi possível graças à dedicação do time de Pesquisa e Desenvolvimento e à nossa expertise em espectrometria de massas e proteômica acumulada ao longo de quase duas décadas. Esperamos que esse conhecimento científico possa contribuir com outras iniciativas ao redor do mundo e ajudar na democratização do acesso ao diagnóstico”, avalia Valdemir Melechco Carvalho, pesquisador sênior do Grupo Fleury.

Entenda o teste por proteômica da COVID-19

Derivada da tecnologia de espectrometria de massas, ferramenta já utilizada há quase 20 anos no Fleury e que se tornou o padrão-ouro para diversas aplicações clínicas, a proteômica direcionada emergiu como uma alternativa aos imunoensaios para análise de proteínas por ser mais específica e de desenvolvimento mais rápido, comparado ao tempo necessário para produção de novos anticorpos. Nessa técnica, as proteínas são extraídas por partículas magnéticas e digeridas em moléculas menores, os peptídeos. A mistura de peptídeos é submetida a um processo automatizado de cromatografia, que promove a purificação e separação dos peptídeos por polaridade. Em seguida, os peptídeos são identificados por espectrometria de massas. A técnica consiste na ionização dos peptídeos seguida pela separação por relação massa/carga e detecção. Os peptídeos monitorados são exclusivos da nucleoproteína do SARS-CoV-2 e caso sejam detectados pela espectrometria de massas a suspeita da COVID-19 é confirmada.

Para determinar a influência da temperatura na estabilidade das proteínas alvo, as amostras armazenadas a 21°C, 4°C e -20°C foram comparadas com amostras armazenadas a -80°C. As amostras armazenas em solução de salinas estéreis permaneceram estáveis, mesmo à temperatura ambiente, por até cinco (5) dias. A grande vantagem do método por proteômica frente ao processo do teste RT-PCR é a possibilidade de uma cadeia logística mais simples, permitindo o transporte de regiões afastadas até a unidade onde será processado.

O teste por proteômica do Grupo Fleury foi validado usando mais de mil amostras previamente analisadas por RT-PCR em tempo real e foi capaz de detectar mais de 83% dos casos positivos. O teste COVID-19MS é o quarto produto desenvolvido a partir da expertise em proteômica acumulada por quase 10 anos na área de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Fleury. O primeiro exame utilizando a técnica, colocado em rotina desde 2018, foi o da dosagem de cromogranina A – um importante marcador de tumores neuroendócrinos. Outros dois exames que vieram na sequência e estão disponíveis são amiloidose (voltada ao diagnóstico de doenças de depósito) e tiroglobulina (indicado para a detecção de câncer de tiroide residual). A empresa foi a primeira a incorporar a técnica proteômica em medicina diagnóstica no Brasil e segue sendo o único grupo a fornecer testes baseados nessa tecnologia que confere altíssima confiabilidade nos resultados.

O teste por proteômica do Grupo Fleury segue disponível para os hospitais, laboratórios e clínicas em regiões distantes dos grandes centros do País. O resultado fica pronto em três (3) dias úteis.

Fonte: A4&Holofote Comunicação.

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